As Conceções de Avaliação
Partindo de um guião enviado pela professora, foram escolhidos três concepções de avaliação com que mais me identifiquei.
1- dizer se um aluno (ou uma turma, ou ainda uma escola) é bom ou mau.
Acredita-se que não seja possível rotular um aluno em BOM ou MAU, somos seres humanos cheios de imperfeições. Por isso que cada aluno aprende de forma diferente e não podemos classificá-lo como sendo bom ou mau aluno. Se em uma determinada sala houvesse somente bons alunos, possivelmente seriam tidos como robôs. Pois, além de diferentes, cada aluno têm uma vida/família diferenciada, e portanto possuem uma carga emocional desigual um dos outros, causando assim, à diferenciação na aprendizagem.
Contudo, essa diversidade de aprendizagem entre os alunos não deve ser vista pelos professores como um problema e sim como um desafio. Melhor do que ter um "bom aluno" será conseguir motivar um "mau aluno".
2- elucidar o aluno sobre as melhorias que ele deve introduzir na sua aprendizagem.
Alunos entusiasmados são alunos que possuem a iniciativa, encaram desafios, utilizam estratégias de resolução de problemas mais eficientes, expressam entusiasmo, curiosidade e interesse, sentem‐se mais propensos, passam a utilizar estratégias cognitivas e metacognitivas, e em consequência disto, são alunos que aprendem mais, de certo modo, fazendo um trajeto escolar mais extenso. Entretanto, para que esses alunos possam continuar no caminho da aprendizagem, os professores devem ser sempre sinceros ao informar aos alunos de suas dificuldades, para que eles possam refletir sobre sua aprendizagem e que construam um novo método de aprendizagem. O docente deve se esforçar na construção do conhecimento, como representação social e não como uma descrição de elementos sociais. No decorrer de sua formação escolar, o aluno deve ser um pensador, questionador e não mero repetidor de informações. Assim, o objetivo da avaliação, tanto de maneira formal quanto informal, é assegurar que os alunos alcancem resultados esperados e que os alunos e professores consigam reconhecer corretamente os tipos e causas dos erros e situações problemas impostas a eles.
3- fornecer aos alunos, pais e outros professores, informações sobre o nível e o trabalho dos alunos.
O aluno, em uma avaliação, deve ser movido a pensar, a procurar novos recursos, com intuito de alcançar o conhecimento, sendo que o professor é parte fundamental na avaliação. Um bom processo avaliativo depende dos modelos escolhidos, que permitem ajustar o processo de ensino/aprendizagem, descobrindo os pontos frágeis de cada aluno e respondendo aos atributos de cada um deles, podendo ser realizada periodicamente e diariamente, ao rever cadernos, o dever de casa e participação.
Um dos meios de informar aos alunos, pais e outros professores sobre o nível de aprendizagem e trabalhos dos alunos, poderia ser através de portfólios, relatórios semanais, divulgação por email e claro, pôr reuniões nas escolas presencialmente. A avaliação não deve ser vista apenas como uma prova com questões abertas e fechadas ou vista pelos alunos como um momento de tensão e julgamento, e sim como um momento de análise e feedback das aprendizagens adquiridas.
Segundo Oliveira & Chadwick (2007), compete ao professor traçar as estratégias de recuperação para os alunos com dificuldades de aprendizagem. A avaliação pode ser realizada em diversos momentos pelo professor: diariamente, ao rever cadernos, o dever de casa, perguntas, participação; ocasionalmente na realização de provas ou instrumentos mais ou menos formais; periodicamente na utilização de testes no fim das unidades, projetos e outros. Sendo assim, os pais e alunos podem aceder às informações em relação ao nível de aprendizagem e os trabalhos realizados.
Referência
Oliveira, J. B. A. & Chadwick, C. (2007). Aprender e Ensinar. (8ª ed.). Belo Horizonte: Editora Alfa Educativa.